sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson (1958 - 2009)

"I said if
You're thinkin' of
Being my brother
It don't matter if you're
Black or white"




terça-feira, 23 de junho de 2009

Rocket To Russia (1977) - Ramones

Em pleno auge do movimento Punk, da banda precursora deste movimento musical e cultural nos Estados Unidos “Rocket To Russia” é um álbum especial que merece destaque como referência daquele movimento, mas também como grande álbum Rock dos anos 70 que é.
Os Ramones formaram-se em 1974 em Nova Yorque e apesar de no inicio da carreira e com os seus primeiros álbuns “Ramones” de 1976 e “Leave Home” de 1977 em que apresentaram uma sonoridade claramente ligada ao Punk Rock, musicas rápidas e curtas, revelando assim uma nova atitude, o reconhecimento contudo e por curioso que pareça, chegou primeiro de Inglaterra e só depois a altura de “Rocket to Russia” é que os Estados Unidos decidiram aclamar os Ramones.
Este álbum mostra de facto uma mudança em relação aos dois anteriores trabalhos, se por um lado mantém a postura Punk, por outro conseguem ir beber a outras correntes musicais e coneguem fazer um álbum bastante abrangente e bem conseguido.
Assim do inicio ao fim assistimos a um desfilar de musicas do mais puro Rock n’ Roll americano como “Cretin Hop” e “Rockaway Beach” dois grandes hino do Punk Norte-Americano, faixas que ainda hoje são recordadas, “Here Today, Gone Tomorrow” e “Locket Love”demonstram o gosto dos Ramones pelo tema do amor, pouco usual no Punk, mas a provarem de certo modo uma certa versatilidade e uma maneira muito própria de encarar o Punk, o álbum segue com faixas mais pesadas “I Don’t Care” e “Sheena Is a Punk Rocker”, esta ultima claramente influenciada pela Surf Music. De seguida temos “We Are a Happy Family” um clássico da banda e “Teenage Lobotomy”, considerada das melhores musicas Punk de todos os tempos, um cartão de visita da banda. “I Wanna Be Well” não foge a linha Punk de quase todo o álbum assim como “I Can’t Give You Anything” e “Ramona”, segue-se a divertida (outra marca dos Ramones) “Surfin Bird” e a terminar, outra grande musica “Why Is It Always This Way”.
Todo o álbum com a duração total de pouco mais de 30 minutos e com 14 faixas não chegando nenhuma a chegar sequer aos três minutos são a prova de que não eram necessárias grandes musicas para fazer grandes álbuns, os Ramones assim como todo o movimento Punk que por esta altura se impunha dos dois lados do Atlântico vinha se opor a ideia de um Rock demasiado elaborado e perfeccionista apanágio do Rock Progressivo e de bandas como Pink Floyd, Genesis ou Camel que dominaram a cena musical dos anos 70. Assim também contrariavam o Rock mais pesado de bandas como os Led Zeppelin ou Black Sabbath, uma vez que ao contrário destas bandas negavam os solos de guitarra e faziam das musicas curtas e rápidas o seu modo de encarar a musica, assim foi sobretudo a álbuns como “Rocket To Russia” que uma nova geração de musicos emergiu devido a este impulso e a esta nova forma de encarar a musica fazendo do Rock um estilo musical acessível a todos, costuma dizer-se que o Punk Rock democratizou a musica, e essa afirmação deve ser tida como verdadeira e não se ficou por ai… O Punk Rock foi sobretudo o mergulhar numa nova cosciência musical que não só abriu a porta a novos musicos mas sobretudo a novas correntes musicais como ao New Wave que também já se encontra em parte presente neste álbum.
“Rocket To Russia” é um trabalho acutilante, com interessantes influências que quando misturadas com o Punk dão um resultado bastante interessante e que merece ser ouvido do inicio ao fim e mergulhar durante meia hora na irreverência do Punk.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Back In Black (1980) - AC/DC

Um monumento ao Rock ‘n Roll, “Back In Black”, o álbum desta semana é um álbum histórico, pelo sucesso comercial que teve mas acima de tudo por tudo aquilo que influenciou e marcou que continua sem duvida a marcar.
Depois do bem sucedido “Highway to Hell” de 1979 a morte trágica de Bon Scott, o até então vocalista dos AC/DC, fez com que a banda andasse um pouco a deriva, muito se especulou, o fim da banda chegou mesmo a ser visto como a saída mais provável, mas os irmãos Young não baixaram os braços e viram em Brian Johnson até então vocalista da banda australiana Geordie, o sucessor natural de Bon Scott, a resposta foi dada de um modo que quase ninguém o faria prever, “Back In Black” não só fazia com que os AC/DC continuassem na ribalta do Rock da altura como os projectava ainda mais para um estatuto de Ídolos a nível mundial.
É dificil de entender o que tornou a sonoridade dos australianos AC/DC tão peculiar nesta fase da sua carreira, depois de mal terem ultrapassado uma crise, mas o que é certo é que “Back In Black” é um álbum completo, puro Rock n’ Roll do inicio ao fim e em que todas as faixas encaixam bem umas atrás das outras “riffs” poderosos, batidas estonteantes e ritmos alucinantes, um verdadeiro espectáculo sonoro… A começar “Hells Bells” com uns sinos a tocar como que para Bon Scott, uma faixa sombria a manter a temática infernal tantas vezes já ilustrada no universo AC/DC até a data, seguida de grandes e enérgicos temas de puro Rock n’ RollShoot to Thrill”, “What Do You Do for Money Honey?”, “Givinthe Dog a Bone” e “Let Me Put My Love Into You”. Segue-se a potente “Back In Black” que da titulo ao álbum, um clássico da banda marcada pela sua batida e pela poderosa performance do novo vocalista Brian Johnson. Segue-se outro clássico, a bem humuradaYou Shook Me All Night Long”, seguindo-se as “pesadas”, “Have a Drink On Me” e “Shake a Leg”. O álbum termina um grande com outra grande “malha”, “Rock n’ Roll Ain’t Noise Pollution”, um verdadeiro hino, para todos os fãs da banda australiana e do Rock n’ Roll em geral, e que diz tudo acerca da forma como os AC/DC encaravam e continuam a encarar a musica.
Um álbum poderosa abrir os anos 80, numa fase que se espectava menos boa da banda a resposta a morte de Bom Scott foi esta e não poderia ser melhor, aliás este trabalho é também visto como uma verdadeira homenagem ao anterior vocalista desde logo com a faixa inicial “Hells Bells”, ou “Back in Black”, o nome do álbum e a capa também não são por acaso pois demonstram o sentimento de luto que a banda atravessava.
É difícil explicar como é que um álbum de sonoridades tão pesadas conseguiu vender tanto, até hoje mais de 43 milhões de cópias, sendo o 2º álbum mais vendido de todos os tempos logo atrás de “Thriller” de Michael Jackson, quando de fala em AC/DC, este álbum deve ser visto como a sua referência máxima mas não só, é um álbum que marcou toda a sonoridade Hard Rock que se fez e continua a fazer, um álbum completo, de topo, e indispensável na discografia de todos os que apreciam bons momentos de verdadeiro Rock n’ Roll carregados de energia e entusiasmo que só os AC/DC conseguem transmitir, uma verdadeira obra-prima.
Depois de quase 30 anos convém recordá-lo quanto mais não seja para abrir o apetite para o concerto de amanhã em Alvalade… “Rock N’ Roll Ain’t Noise Pollution!”


Rock and Roll Aint Noise Pollution - AC/DC/AC-DC