terça-feira, 11 de agosto de 2009

Apetite for Destruction (1987) - Guns n´ Roses

Muito já se escreveu sobre “Apetite for Destruction”, o álbum desta semana, não só pela sua qualidade mas também por todo um conjunto de histórias e mitos que envolvem a sua gravação e uma banda que há altura ousou inovar e assim destacar-se de todo o panorama Heavy Metal /Hard Rock do final dos anos 80, “Apetite for Destruction” é sem duvida o ponto mais alto dessa fase dos Guns n’ Roses.
Numa altura em que ganhavam impacto e estavam na ribalta bandas como os Motley Crue, Kiss ou Twisted Sister, os Guns n´Roses surgiram um pouco na linha destas bandas, mas a sua irreverência e comportamento politicamente incorrecto que desde cedo adoptaram fizeram que se destacassem desde de cedo da cena musical Norte-Americana, e a sua sonoridade mostrou também desde logo que estavam muito mais a frente que todas as outras bandas.
É essa a irreverência que está presente no álbum, a começar pelo titulo que não deixou ninguém indiferente, quanto ao seu contudo, as letras estão repletas de trocadilhos, e segundos significados, e abordavam de uma maneira crua temas como o sexo a violência e as drogas, quanto a sonoridade, os Guns tocavam mais pesado que ninguém e foram buscar as suas influências a pioneiros como os Led Zeppelin ou Black Sabbath, mas também a Aerosmith ou aos Motley Cure, foi como que uma mistura de várias sonoridades que acabaria por provocar uma evolução e uma nova forma de encarar e ver a música dita “pesada”.
Composto por 12 faixas entre elas alguns dos maiores clássicos da banda Norte-Americana, “Apetite for Destruction” começa com a visão dos Guns sobre o Mundo, a irreverente “Welcome to the Jungle” é ainda hoje uma das músicas mais conhecidas da banda e é um grande tema de contestação, o álbum continua a toda a velocidade com “It’s So Easy”, “Nightrain” e “Out Ta Get Me”. “Mr. Brownstone” outro grande clássico da banda, sobre drogas que chegou mesmo a ser censurado em alguns países devido a sua letra. “Paradise City” também conhecida de todos como uma música em que se nota a perfeita sintonia entre Slash e Axl Rose, uma grande faixa. Pelo meio e até ao fim sem esquecer “My Michelle”, Think About You”, “You’re Crazy” e Anything Goes”, não pode nunca deixar de se referir o clássico “Sweet Child O’Mine” em que Slash se apresenta no seu melhor nível tocando um dos “riffs” de maior impacto na história do Rock e a versátil “Rocket Queen”.
Um álbum destes deve ficar inscrito como um dos melhores álbuns da história do Rock, através dele como que uma lufada de ar fresco veio agitar o final da década de 80 e o inicio da década de 90, foi como que um último grito do verdadeiro Rock ‘n Roll que já se encontrava a perder terreno para estilos como o Grunge, consegue-se também retirar deste álbum a excelente forma de uma das melhores duplas da história do Rock: Axl Rose e Slash, que invariavelmente quase como todas as grandes duplas havia anos mais tarde de acabar mal… é tido como um álbum bastante influente, várias vezes referido como um dos melhores álbuns de sempre, arrasador do inicio ao fim tido também pelos fãs como o melhor trabalho dos Guns n´ Roses, foi um trabalho que vendeu mais de 40 milhões de discos em todo o mundo e fez as delicias de toda uma geração de adolescentes que ainda hoje em idade mais avançada não têm vergonha em soletrar de cor os refrões avassaladores de Axl Rose.
“Apetite for Destruction” foi o álbum que apresentou uma das últimas verdadeiras bandas de Rock n´Roll e é pela sua qualidade intemporal…