segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ágætis Byrjun (1999) - Sigur Rós

Um bom começo… Esta é a tradução á letra do titulo do álbum esta semana apresentado dos Islandeses Sigur Rós, contudo, este não foi o começo da banda, não foi o seu primeiro trabalho pois já haviam editado dois trabalhos: “Von” de 1997 e “Von Brigói” de 1998. Diferente dos anteriores, (para melhor) este álbum marcou a carreira dos Sigur Rós e não só, revolucionou mesmo a musica Islandesa cujo maior produto de exportação era Bjork que com este trabalho deixou de ser a única figura de proa da musica deste pais tão distante de tudo e com uma cultura tão rica…
Catalogada como uma banda de post-rock, utilizando nas suas composições uma mistura de jazz, rock, musica electrónica, influências bem presentes neste trabalho, composto por 10 faixas, uma sonoridade alternativa e diferente, altamente melódica os destaques vão para todas as musicas como não poderia deixar de ser. “Intro” abre o álbum e é a faixa mais curta deste trabalho, “Ágætis Byrjun” tema titulo do álbum e primeiro single, uma faixa em que é fácil constatar a sonoridade marcadamente melódica, em “Svefn-g-englar” é impressionante a capacidade vocal do vocalista Jón Þór Birgissonambas as faixas fazem parte da banda sonora do filme Vanilla Sky. A intimistaStaralfur”, (gosto especialmente desta faixa) sobressai e é bastante envolvente…“Flugufesarin” uma faixa arrebatadora, “ Batterí” em que vem ao de cima o lado experimentalista da banda, com um inicio onde reina a confusão com instrumentos de sopro e em que há uma evolução na musica para mais um momento alto em que sobressai a voz de Jón Þór Birgisson. “Hjartað Hamast (Bamm Bamm Bamm)” em que está bem patente a bem sucedida mistura entre o clássico e a musica electrónica, com influência directa do jazz como que uma faixa em que o tempo se cruza, provocando as mais inesperadas sonoridades seguida por “Vidrar vel til loftarasa” a mais longa composição do álbum. “Olsen Olsen”, considerado um hino, a melhor musica do álbum para muita da critica construida a partir de guitarra e em que sonoridades mais clássicas nesta faixa têem uma presença imponente e arrebatadora. Destaco também a vertente sombria da banda em “Avalon” a fechar o álbum.
Este álbum tem tanto de estranho e como de comum, a medida que as musicas vão passando, todo ele se torna familiar, um tipo de musica ambiente, de fácil audição e que transmite inevitavelmente um sentimento de relaxamento, paz e abstracção… clássico e contemporâneo ao mesmo tempo sonoridades com identidade, sentimento e alma e muito mais que simples musica, vamos estranhando de inicio mas a pouco e pouco a musica acaba por nos envolver, um trabalho daqueles que é dificil encontrar hoje em dia e que apesar de estranho, inóspito e longinquo tem la tudo e que se houve do inicio ao fim de uma vez só e que da vontade de repetir quando termina… O isolamento insular da fria Islândia foi neste trabalho materializado como nunca por estes “quatro magníficos” vindos do norte, que no passado dia 11 deram um concerto no Campo Pequeno e deram provas de já terem conquistado o público português. “Ágætis Byrjun” é um álbum com sonoridades próprias de uma cultura fechada como é a islandesa mas ao mesmo tempo rica e arrebatadora reconhecido em todo o mundo como um álbum de enorme qualidade e que revolucionou como foi dito atrás a própria musica Islandesa ao ser considerado o melhor álbum Islandês do Século XX.
Uma obra para escutar com atenção naquelas tardes frias e chuvosas de Inverno que se avizinham, e para viajar através dele…
Ágætis Byrjun” da Islândia com amor…


Olsen - olsen - Sigur ros

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