segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Houses of the Holy (1973) - Led Zeppelin

Por altura de 1973 os Led Zeppelin já haviam passado a fase do impacto, que pos meio mundo de boca aberta. Os fundadores do heavy metal já haviam realizado 4 álbuns, todos eles bem sucedidos, esgotavam concertos e conquistavam plateias tanto deste lado como do outro lado do Atlântico, eram a data a banda rock referência.
“Houses of the Holy” o 5º álbum de estudio dos Led Zeppelin vem na sequencia desse estatuto, a banda encontrava-se no auge da sua carreira e mostraneste trabalho uma confiança e maturidade que não haviam apresentado em nenhum dos trabalhos anteriores. Os Led Zeppelin sabiam o que queriam e estavam mais cientes que nunca do seu talento, é também um álbum de mudança e arrojado, os Led Zeppelin inovam neste trabalho experimentando novas sonoridades e estilos, deixam um pouco de lado os riffs fazem mais uso de teclados, mostram-se mais soltos e libertos, mas arrebatadores como sempre…
A iniciar, a faixa “The Song Remains The Same” um clássico, puro rock ‘n roll a Led Zeppelin é uma faixa ainda na onda do que a banda vinha a produzir em trabalhos anteriores, uma profunda mudança nota-se na faixa seguinte “The Rain Song” uma das minhas preferidas, uma balada, melancolica uma letra triste, acompanhada de guitarra acustica e onde a “mistica” desta banda se encontra bem patente. Segue-se “Over the Hills and Far Away” fantástica, mais um clássico da banda, com um inicio voltado para sonoridades Country mas que evolui para sonoridades mais pesadas bem ao estilo dos Led Zeppelin. “The Crunge” e “Dancing Days” mais duas faixas uma de um rock ‘n’ roll electrizante ao estilo Led Zeppelin. “Dyer Maker” é a faixa surpresa deste álbum, nesta faixa (mais uma musica de referência da banda) os Led Zeppelin surpreendem toda a gente recorrendo nada mais nada menos que… ao reggae. Uma faixa que fica no ouvido e que demonstra o lado mais versatil destes britânicos que começavam a querer provar que sabiam fazer boa musica independentemente do estilo. Em “No Quarter” está bem patente a vertente oculta e mistica dos Led Zeppelin, desde o inicio que os Led Zeppelin recorriam ao ocultismo criando a sua volta uma mistica muito própria, recurso a mitologia Celta, a literatura fantástica de Tolkein e muitas vezes acusados de ligações Satanicas, nesta faixa os Led Zeppelin demosntram uma vez mais esse seu lado mais obscuro… A terminar este magnifico trabalho “The Ocean” dedicada aos fans da banda, magnifica performance de Jimmy Page que prova ser um dos melhores guitarristas do mundo e obviamente de Robert Plant aliás como em todo o álbum, em que demonstra ser um dos maiores interpretes do rock não só a nivel vocal mas tambem na forma como dá forma as letras e ao espirito da banda…
“Houses of The Holy” é um trabalho que marcou profundamentea musica rock , prova disso são as inumeras versões feitas a faixas deste trabalho como “Dyer Maker” (Sheryl Crow), “No Quarter” (Tool). Quanto a vendas vendeu até hoje mais de 20 milhões de copias em todo o mundo e chegou a numero 1 tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido (como era habito para os Led Zeppelin). A capa é mais uma daquelas capas que ficou para a historia do rock, transmitindo uma vez mais o misticismo e ocultismo como forma de estar na musica da banda, sem utilizar indicativos na capa, só a fotografia, que dá a cada ouvinte a possibilidade de tentar desvendar o significado do cenário apocaliptico e sobrenatural daquelas crianças a subir a Calçada dos Gigantes. A titulo de curiosidade uma dessas crianças é hoje o conhecido apresentador de TV Britânico Stefan Gates…
De uma das melhores bandas de sempre, um dos melhores álbuns de sempre, mais arrojado que os anteriores, mais maduro, boa musica de excelentes musicos sem esquecer toda a carga mistica envolvente dos Led Zeppelin, prepetuada neste trabalho e que faz com que ainda hoje sejam das bandas alvo de mais boatos em todo o mundo e também inevitavelmente das mais ouvidas…

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