segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Crime of the Century (1974) - Supertramp

A história dos britânicos Supertramp, é sem duvida das mais curiosas da musica da década de 70. Com o patrocínio do milionário holandês Stanley August Miesegaes, realizaram 2 álbuns que em termos comercias diga-se foram um fracasso: “Supertramp” de 1970 e “Indelibly Stamped” de 1971. A estes fracassos não resistiram a maioria dos membros que iam entrando e saindo da banda, facto que marcou os Supertramp na fase inicial do seu percurso, e em que só Rick Davies e Roger Hodgson se mantinham fieis ao projecto.
O curioso é que em 1974, já sem o patrocínio de Stanley August Miesegaes, talvez farto dos sucessivos fracassos comerciais dos trabalhos da banda e motivado também pela constante instabilidade no seio da formação, os Supertramp alcançam finalmente o sucesso e o estrelato, “Crime of the Century” é motivo para que se possa afirmar: a terceira é de vez!
Composto por 8 faixas , muitas das quais conhecidas por nós passados estes mais de 30 anos por continuarem a ser sucessos de rádio, “Crime of the Century” começa com uma grande faixa: “School” um grande sucesso dos Supertramp, uma musica de referência com uma excelente letra, voz bem colocada de Roger Hodgson e com variação de ritmos, mais calma no inicio e lá pelo meio com um solo de piano a um ritmo alucinante, não há que ter medo de afirmar que “School” é uma musica referência do rock progressivo, apesar de muita da critica não considerar os Supertramp como uma banda de rock progressivo. “Bloody Well Right”, também ela muito passada nas rádios, com uma interessante mistura de sons e de instrumentos com um magnifico solo de guitarra e um piano de Rick Davies ao mais alto nível, seguindo-se a “soft” “Hide In Your Shell” e “Asylum” também de grande nível uma musica mais influênciada pelo rock-sinfónico. A conhecidissimaDreamer” faixa mais alegre do álbum e sem duvida uma musica que serve de cartão de visita dos Supertramp, segue-se “Rudy” com a voz de Rick Davies, mais um bom exemplo de rock progressivo tal como “If Everyone Was Listening” esta mais calma, ao jeito de balada. A terminar, o álbum encerra com chave de ouro com a musica que dá titulo ao álbum, novamente Rick Davies nas vozes, pelo meio excelente combinação instrumental, com um solo de guitarra digno de registo, esta faixa é épica!
Este álbum é de notar a fantástica mistura de sons e instrumentos, mesmo até instrumentos pouco usados nestas coisas do rock como o clarinete, troca de vozes, coros, instrumentais de elevadíssima qualidade com fantásticos e solos quer de guitarra, de piano ou saxofone só ao alcance dos melhores nomes. Art – rock ou progressivo, este álbum é sem duvida um álbum de obrigatória audição, é garantia de boa musica do inicio ao fim, teve o condão de ser o ponto de viragem de uma banda que muito deu ao mundo da musica principalmente na década de 70 e é para muita da critica e dos fãs o melhor álbum dos Supertramp, sendo também obrigatória a alusão ao também muito bom “Breakfast in America” de 1979.
Numa altura em que em nas rádios de Portugal eram passados álbuns completos e seguidos de bandas como os Génesis ou Pink Floyd, este trabalho fez com que se passasse também Supertramp, como uma referência máxima de um estilo musical tão característico da década de 70, um álbum intemporal de uma banda que teve a virtude de nunca ter desistido… Valeu a pena!


School - Supertramp

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