segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Shepherd Moons (1991) - Enya

Depois de “Watermark” de 1988, o álbum que popularizou Enya e também a musica Celta, surge o álbum desta semana: “Shepherd Moons”. Enya, nunca renegou as suas origens, a musica celta foi sempre a sua forte inspiração, diz-se que “Shepherd Moons” é a continuação do bem sucedido “Watermark”, e de facto não deixa de o ser, por meu turno considero este álbum marcante por várias ordens de razão, não só pela continuação em Enya continuar colada a musica celta sem receios, mas também pelo sucesso que fez nos EUA, uma vez que “Watermark” já havia feito sucesso na Europa, mas passado despercebido do outro lado do Atlântico, “Shepherd Moons” deu a Enya um reconhecimento mundial.
O álbum é composto por 12 faixas, faixas que encaixam bem, numa sequência de sons calmos e relaxantes, na belíssima voz de Enya, letras com identidade, uma vez que vai beber a cultura irlandesa e celta a sua inspiração e de uma beleza excepcional. O álbum começa com um muito bem conseguido tema instrumental que dá titulo ao trabalho “Shepherd Moons”, a partir dai e ao longo do álbum, vamos-nos deparando com musicas de uma beleza excepcional, inevitável a referência á faixa seguinte “Caribbean Blue” uma faixa de destaque, uma das musicas mais conhecidas de Enya, muito por culpa do mediatismo que foi conhecendo devido á sua sucessiva inclusão ora em anúncios televisivos ora em series, uma faixa muito bela, que acaba por servir de referência do resto do álbum. “Book Of Days” também bastante conhecida, como “Marble Halls” faixa em que destaco muito em especial a voz de Enya, uma faixa que é a meu ver uma das melhores desta artista Irlandesa. “No Holly For Miss Quinn” (instrumental), “Angeles” e “How Can I Keep From Singing” onde se destaca especialmente nesta ultima a ligação com a musica tradicional do seu pais natal. Enya chega mesmo ao ponto buscar as suas origens inspiração ao ponto de cantar belíssimas canções na sua lingua de origem o Irlandês em “Evacuee” “Ebudæ”, “Lothlórien”, “After Ventus” e “Smaiointe”.
Um trabalho excepcional de Enya, um álbum que não engana ninguém visto estar fielmente ligado a uma sonoridade e cultura irlandesa. Faixa a faixa é um trabalho que nos envolve e inevitavelmente nos transporta para um lugar distante. “Watermark”, o álbum anterior de Enya, é também ele muito bom, “Shephered Moons” é a sequência natural, um álbum não muito diferente mas como já referi, teve outro impacto a nível mundial diferente de “Watermark”, digamos que “Watermark” foi um álbum que surgiu numa altura em que os anos 80 estavam no auge e é natural principalmente nos EUA que um álbum de uma sonoridade como a musica celta, não tivesse impacto… “Shephered Moons” trouxe a musica celta ás “massas”.
A excelência e magia de “Shephered Moons” fez com que se vendessem mais de 10 milhões de copias em todo o mundo, uma marca fantástica para um álbum de world music, e foi premiado no ano 1993 com um Grammy para melhor álbum desta categoria musical.
Não só este álbum como todo o trabalho de Enya é notável no que diz respeito a forma com que se passou a abordar a world music, mas principalmente a new age e a musica celta, foi um trabalho que derrubou barreiras e trouxe este tipo de musica para o mercado. Muito por culpa do trabalho de Enya, apareceram a fazer sucesso em todo o mundo grupos que experimentavam sonoridades new age/chillout á altura sonoridades que passavam ao lado dos sucessos comerciais como os Era ou os Enigma.
“Shephered Moons” é obrigatório, mesmo para quem não gosta de musica celta.


caribbean blue - enya - caribbean blue

1 comentário:

Anónimo disse...

bom comeco