Todos nós reconhecemos a influencia que o trabalho de José Cid teve e continua a ter na musica popular Portuguesa, o que o grande público desconhece é o outro lado da carreira de José Cid. O álbum esta semana apresentado é a faceta mais visível desse lado “oculto” de José Cid.
Depois do sucesso alcançado como líder do Quarteto 1111, José Cid “aventura-se” no rock progressivo na altura em voga. Em 1977 José Cid lança o álbum “Vida (sons do quotidiano)” o primeiro da faceta progressiva de José Cid, para no ano seguinte lançar o álbum “10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte”. Costuma-se a dizer que o povo português nunca soube dar valor ao que era seu, preferindo os estrangeiros e estrangeirismos que muitas vezes de qualidade inferior ao que é nosso ganham valor apenas pelo facto de não serem portugueses, como o Vinho do Porto em que (há quem diga) ainda não lhe soubemos dar o devido valor, “10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte” é o exemplo maior (na musica) dessa característica tão nossa, senão vejamos: É considerado dos 100 melhores álbuns do género Rock Progressivo de sempre (e é cantado em português um marco notável!), o seu valor em leilões um pouco por todo o mundo atinge as muitas centenas de euros e basta pesquisar no Google “José Cid” ou “10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte” para nos serem apresentados centenas de sites que um pouco por todo o mundo fazem referencia a este trabalho, e muito mais poderia ser dito aqui sobre os “feitos” deste trabalho, contudo é impressionante como este trabalho é desconhecido pelo público português.
O álbum em si e um trabalho conceptual, que relata a historia de um homem e de uma mulher que não podendo mais viver no Planeta Terra fogem para o espaço, voltando 10000 anos depois. Começando com “O último dia na Terra” uma faixa em destaque em que sobressai o mellotron, em “O Caos” José Cid apresenta a sua visão do Apocalipse: “A tua cidade é uma vala comum/ todos os caminhos vão a lugar nenhum…”, a faixa seguinte “Fuga Para o Espaço” é um épico, transmitindo uma atmosfera triste e melancólica, seguido de “Mellotron, o Planeta Fantástico”, em que o mellotron está mais uma vez em destaque bem como os solos a um ritmo alucinante da guitarra da Mike Sergaent, a faixa seguinte é a que dá titulo ao álbum, de uma excelente técnica e execução musical, um bom exemplo de rock-progressivo bem tocado assim como “A Partir do Zero” uma fantástica faixa instrumental tal como a faixa final do album “Memos” caracterizada pelos excelentes coros.
De referir também o elenco de luxo que acompanhou José Cid neste trabalho: Ramon Gallarza, Mike Sergaent e Zé Nabo, excelentes músicos. Outras curiosidades deste Álbum para além das já referidas é as de que o álbum era considerado pouco comercial e tendo no seu interior um mini-livro com fotografias que o encarecia muito, José Cid abdicou dos royallities, o álbum vendeu muito pouco, e José Cid deixou por completo a sua vertente progressiva e nunca mais se aventurou nestas andanças (é pena), num dos sucessos seguintes de José Cid a bastante popular “Amar como Jesus amou”, José Cid explica que a compôs porque precisava de comprar um carro novo…
Por tudo o que representa, por ser um dos melhores álbuns de rock-progressivo alguma vez feitos, eu aventuro-me mesmo a dizer que foi dos melhores trabalhos musicais alguma vez feitos no nosso pais, pela critica de José Cid feita a humanidade, e pela excelente qualidade dos músicos que acompanham José Cid nesta obra, este álbum merece ser ouvido com atenção, porque não acompanhado por um cálice de Porto?
Depois do sucesso alcançado como líder do Quarteto 1111, José Cid “aventura-se” no rock progressivo na altura em voga. Em 1977 José Cid lança o álbum “Vida (sons do quotidiano)” o primeiro da faceta progressiva de José Cid, para no ano seguinte lançar o álbum “10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte”. Costuma-se a dizer que o povo português nunca soube dar valor ao que era seu, preferindo os estrangeiros e estrangeirismos que muitas vezes de qualidade inferior ao que é nosso ganham valor apenas pelo facto de não serem portugueses, como o Vinho do Porto em que (há quem diga) ainda não lhe soubemos dar o devido valor, “10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte” é o exemplo maior (na musica) dessa característica tão nossa, senão vejamos: É considerado dos 100 melhores álbuns do género Rock Progressivo de sempre (e é cantado em português um marco notável!), o seu valor em leilões um pouco por todo o mundo atinge as muitas centenas de euros e basta pesquisar no Google “José Cid” ou “10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte” para nos serem apresentados centenas de sites que um pouco por todo o mundo fazem referencia a este trabalho, e muito mais poderia ser dito aqui sobre os “feitos” deste trabalho, contudo é impressionante como este trabalho é desconhecido pelo público português.
O álbum em si e um trabalho conceptual, que relata a historia de um homem e de uma mulher que não podendo mais viver no Planeta Terra fogem para o espaço, voltando 10000 anos depois. Começando com “O último dia na Terra” uma faixa em destaque em que sobressai o mellotron, em “O Caos” José Cid apresenta a sua visão do Apocalipse: “A tua cidade é uma vala comum/ todos os caminhos vão a lugar nenhum…”, a faixa seguinte “Fuga Para o Espaço” é um épico, transmitindo uma atmosfera triste e melancólica, seguido de “Mellotron, o Planeta Fantástico”, em que o mellotron está mais uma vez em destaque bem como os solos a um ritmo alucinante da guitarra da Mike Sergaent, a faixa seguinte é a que dá titulo ao álbum, de uma excelente técnica e execução musical, um bom exemplo de rock-progressivo bem tocado assim como “A Partir do Zero” uma fantástica faixa instrumental tal como a faixa final do album “Memos” caracterizada pelos excelentes coros.
De referir também o elenco de luxo que acompanhou José Cid neste trabalho: Ramon Gallarza, Mike Sergaent e Zé Nabo, excelentes músicos. Outras curiosidades deste Álbum para além das já referidas é as de que o álbum era considerado pouco comercial e tendo no seu interior um mini-livro com fotografias que o encarecia muito, José Cid abdicou dos royallities, o álbum vendeu muito pouco, e José Cid deixou por completo a sua vertente progressiva e nunca mais se aventurou nestas andanças (é pena), num dos sucessos seguintes de José Cid a bastante popular “Amar como Jesus amou”, José Cid explica que a compôs porque precisava de comprar um carro novo…
Por tudo o que representa, por ser um dos melhores álbuns de rock-progressivo alguma vez feitos, eu aventuro-me mesmo a dizer que foi dos melhores trabalhos musicais alguma vez feitos no nosso pais, pela critica de José Cid feita a humanidade, e pela excelente qualidade dos músicos que acompanham José Cid nesta obra, este álbum merece ser ouvido com atenção, porque não acompanhado por um cálice de Porto?
2 comentários:
Vale a pena esperar por segunda-feira. Já tive ocasião de te congratular pessoalmente pelo blog pelo que os meus encómios se dirigem agora para o post em questão. Nada tenho a corrigir, é um trabalho muito bem feito, tenho somente algo a salientar: é uma verdade absoluta de que desdenhamos o que é nosso e só damos valor quando no estrangeiro apreciam e aí não nos atrevemos a discordar. E não é assim agora, é assim há 100 anos! Escreveu Mário de Sá-Carneiro na sua obra "Loucura...":
"Valesse pouco o seu trabalho; incensado pela França, Portugal não se atreveria a desdenhá-lo."
Quantos séculos precisaremos até mudar de atitude?
Sem dúvida, um dos melhores discos portugueses de sempre
http://rapidshare.de/files/40793376/Jos__Cid_ELEMENTO_MUSICAL.rar
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